terça-feira, 25 de maio de 2010

Seminários ...

As apresentações dos respectivos Seminários estão bastante interessantes.
Estão contribuindo sem dúvidas para o aprimoramento de nossos conhecimentos através dos diversos temas explanados pelos grupos.


por Priscila Costa
Graduanda em Pedagogia.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Cultura e Natureza: "O que o Software tem a ver com com os trangênicos "


Escrito por Marijane Vieira Lisboa, o texto: Cultura e natureza: o que o software tem a ver com os transgênicos? tráz uma profunda reflexão ao relacionar estes dois aspetos, confrontando-os e analisando o que estes tem em comum. À princípio, Marijane faz uma ressalva acerca da produção do conhecimento, lembrando que este é histórico e não parte do nada, mas sim, fruto de todo o conhecimento acumulado coletivamente, pelos mais variados agentes históricos. Devendo assim, ser considerado.
Pois bem...ciência e tecnologia, armas que são poderosas em nossa sociedade, lideram o nosso conhecimento, modos de vida, proporcionando a constante sensação de novas possibilidades. À qualquer momento, somos surpreendidos por novas criações, que prometem infinitas possibilidades. Mas, quais as consequencias disso? Será que existe um lado negativo nessa desenfreada busca por novas criações?
Marijane alerta-nos para um aspecto importante, afirmando que estas produções que invadem constantemente o nosso cotidiano, além de nos tornar reféns delas, elas são, muitas vezes, testadas de forma inresponsável, durante o seu processo de desenvolvimento, isto é, não são testadas de forma cuidadosa, preocupada, sem que haja prejuizos. Esse é o caso dos transgênicos, sendo testados rapidamente, em um prazo muito curto. "Transformamos o mundo no laborátorio da ciência e nós, em suas cobaias" (BECH, 1986). Esplanando assim, a importância de se ater ao príncipio da precaução, explicitado no texto. Por muito, a partir dessas novas criações, não somos interrogados, nem muito menos há uma relevãncia em se questionar se "aquilo" vai ser bom ou ruim, se queremos ou não. Simplemente, não temos escolha. Somos as cobaias, utilizados para experimentos.
Além disso também, por conta do nosso modelo econômico atual, o Neoliberalismo, há uma apropriação e monopolização das produções, utilizadas como propriedade para servir a interesses de empresas influentes no mercado. Havendo, dessa forma, um grande incentivo à produção do conhecimento, mas não para um bem comum, e sim uma apropriação deste conhecimento visando o controle e a exploração deste, para fins lucrativos, transformando-os em mercadorias.
Assim, o que tem haver entre trasgênicos e Software livre, seria, na perspectiva da autora, uma preocupação em se pensar produção do conhecimento, produzido coletivamente, para o bem comum, como proposta coletiva, sem apropriação privada.
CIBERCULTURA _ Cap.VII (O Movimento Social da Cibercultura) Pierre Lévy.LÉVY, Pierre.


Segundo Pierre Lévy no capítulo X , que fala sobre “Educação e Cibercultura” pode-se perceber a nova relação com o saber se analisarmos 3 constatações,a primeira refere-se a rapidez que surge e ao mesmo tempo se modifica e atualiza o conhecimento e do saber fazer(savoir-faire);a segunda está intimamente ligada a idéia anterior pois diz respeito a natureza do trabalho ,sobretudo porque o trabalhar proporciona a aprendizagem recíproca além da produção de saberes e a terceira constatação é do ciberespaço que tem a capacidade de alterar as funções cognitivas humanas,dentre elas estão a “memória”,“ a percepção”,”a imaginação” e “os raciocínios”.
Lévy retrata esta facilidade de se obter e partilhar a informação em rede proporcionando o potencial de inteligência coletiva nos diversos grupos humanos,então o autor afirma que “o saber-fluxo,o trabalho-transação de conhecimento,as novas tecnologias da inteligência individual e coletiva mudam profundamente os dados do problema da educação e da formação”(LÉVY,pg.158,1999)
Segundo Lévy faz-se necessário duas reformas efetivas tanto no sistema de educação quanto de formação, pois a EAD (ensino aberto e a distância) se encontra em um novo estilo de pedagogia, que por sua vez explora todas as tecnologias intelectuais da cibercultura, nesta perspectiva a segunda reforma está relacionada na descoberta da perda das instituições de ensino como únicas detentoras do conhecimento e transmissão do mesmo, pois as ferramentas do ciberespaço nos fornecem uma variedade de saberes em qualquer lugar que se desenvolva. Ocorre então para o autor o que ele chama de “dilúvio de informações”, ou seja, em comparação com o que acontece nos escritos bíblicos em (Gênesis no Antigo Testamento,cap6- 8 referente ao dilúvio),onde Noé a pedido de Deus constrói uma arca ,posteriormente este deveria selecionar os animais de diferentes espécies,machos e fêmeas para levar para a arca e consequentemente salvar do dilúvio,esta é a relação que Lévy faz do saber na rede,onde os indivíduos devem enxugar/ filtrar/selecionar aqueles inúmeros saberes em meio ao dilúvio de informações,todavia Pierre Lévy afirma que “A emergência do ciberespaço não significa de forma alguma que ‘tudo’ pode enfim ser acessado,mas antes que o Todo está definitivamente fora de alcance.O que salvar do dilúvio?Pensar que poderíamos construir uma arca contendo ‘o principal’ seria justamente ceder a ilusão da totalidade”(LÉVY,pag.161,1999).
Em suma, este capítulo X,do livro Cibercultura de Pierre Lévy,é uma abordagem fantástica de como se estabelece a nova relação com o saber tendo como referência a Educação e a Cibercultura.



"Não é a tecnologia que determina tudo ,mas nem por isso ela deixa de ser importante"
"Existe a nova relação com o saber". (Pierre Lévy)




por Priscila Costa
Graduanda em Pedagogia.
* Algumas considerações feitas a partir da leitura do texto " A práxis pedagógica presente e futura e os conceitos de verdade e realidade frente às crises do conhecimento científico no século XX" de Maria Helena Silveira Bonilla.


Estamos vivenciando transformações muito repentinas, se tornando complexas do que qualquer das precedentes, pois algumas mudanças estão sendo muito rápidas, mais amplas, envolvendo um número maior de pessoas, instituições, territórios, entre outras coisas.
Tais transformações faz com que as pessoas revejam as principais premissas e valores da nossa cultura. Perante esses processos estão inclusos as transformações científicas e tecnológicas que estão intimamente relacionadas com as alterações que passaram a ocorrer nas relações e nas formas de organização social.
A escola nesse momento serve como encruzilhadas de influências entre o global e o local. A ressignificação cria possibilidades para que as transformações do sistema educacional emerjam de dentro dele próprio, fortemente articuladas ao conjunto de transformações sociais mais amplo, uma vez que implicam as concepções, os valores e as práticas de cada sujeito do processo. pedagógico.


A visão que temos da modernidade é ainda hegemônica, continua com uma noção geral de ordem em boa parte das instituições sociais dessa era, que sendo mais claro, é a escola. Que mesmo sendo o modelo pedagógico da instituição seja moderno, diferente das demais, trabalha no sentido de lapidar as arestas e conduzir a uma unidade, a uma identidade hegemônica. Enquanto a noção de ordem da escola é a da modernidade, a noção de ordem do mundo fora da escola tende a ser a da cosmovisão contemporânea, que já se faz presente em muitos âmbitos da vida, principalmente da vida dos jovens alunos, Maria Helena Silveira Bonilla.


Há uma grande falha por parte dos professores de não se preocuparem a se adaptar as novas tecnologias em salas de aula, para ser um mecanismo mais inovador e dinâmico e até mais facilitador em suas aulas. Mas preferem ficar presos aos métodos antigos e ultrapassados, acreditando que o método anterior seja ainda o mais adequado. A noção de ordem da escola atual tem como base o princípio da formação científica, a existência de um conhecimento “verdadeiro” que deve ser transmitido ao aluno, sendo o professor o detentor e controlador dessa verdade.


Por fim, as transformações não devem somente partir das escolas, deve-se desenvolver práticas específicas que possam modificar e reinventar maneiras dos mais diversos contextos em que interagimos, seja ela a família, escola, trabalho etc. A ação da escola deve ser uma estratégia, “um cenário de ação que pode modificar-se em função das informações, dos acontecimentos, dos imprevistos que sobrevenham no curso da ação”




por Priscila Costa
Graduanda em Pedagogia.